
Você pode entrar, mas nunca vai sair inteiro
Atenção: Este conteúdo contém linguagem explícita, violência gráfica e é recomendado apenas para maiores de 18 anos.
A lenda de Clara
Numa cidadezinha fuleira, daquelas onde até o vento parece gemer de desespero, tinha um casarão abandonado que todo mundo evitava como se fosse a casa do capeta. No segundo andar, havia um quarto selado, com tábuas pregadas na porta e um cheiro de podre que fazia até urubu torcer o bico. A lenda falava de uma menina, Clara, que morou ali nos anos 70. Ela tinha uns 12 anos, rostinho de anjo, mas olhos que pareciam carregar o inferno inteiro. Diziam que Clara não falava. Só olhava. E quando olhava, tu sentia a alma sendo chupada pra fora do corpo. O pai dela, um pastor fanático do caralho, achava que ela tava possuída. Então, ele trancou a menina naquele quarto escuro, sem comida, sem água, só com uma Bíblia e uma vela que nunca apagava, não importa o quanto soprasse.
O quarto selado
A história começa com um grupo de quatro idiotas, daqueles que assistem filme de terror e pensam que são imunes à porra toda. Tinham o João, um macho escroto que se achava o rei da porra toda; a Luana, que postava tudo no Instagram, até o cu cagando; o Thiago, um nerd virjão que curtia demonologia; e a Carol, que só tava ali porque queria dar uns pegas no João. Eles ouviram a lenda da Menina do Quarto Escuro e resolveram invadir o casarão pra “provar que era tudo lorota”. Entraram de noite, com lanternas de celular e um baseado pra “relaxar”. Relaxar, meu cu! Dentro do casarão, o ar era pesado, como se o próprio oxigênio tivesse medo de circular. Tinha um cheiro de merda misturado com ferrugem e algo doce, tipo carne apodrecendo com açúcar. Eles subiram pro segundo andar, rindo e falando besteira, até chegarem na porta do quarto.
Ela vê tudo, ela toma tudo
As tábuas tavam lá, mas pareciam… molhadas, como se algo viscoso tivesse escorrido por elas. Thiago, o nerd, começou a ler uns símbolos estranhos riscados na madeira. “É latim, cara, tipo… ‘ela vê tudo, ela toma tudo’.” João, sendo o babaca de sempre, deu um chute na porta e gritou: “Ô, menina, sai do teu esconderijo, sua piranha!” Mano, isso foi como assinar o próprio atestado de óbito. As tábuas caíram com um estrondo, e o quarto tava escuro como o cu do diabo. A lanterna do celular não iluminava porra nenhuma, como se a escuridão engolisse a luz. Então, eles ouviram. Um risinho baixo, infantil, mas torto, como se uma criança tivesse aprendido a rir com um demônio. “Vocês… entraram”, disse uma voz que parecia vir de todos os cantos. Era Clara. Só que não era uma menina. Não mais.
Ninguém vai a lugar nenhum
O vulto dela apareceu na escuridão, flutuando uns centímetros do chão. A pele era cinza, rachada como argila seca, com veias pretas pulsando por baixo. Os olhos eram buracos vazios, mas, caralho, tu sentia ela te olhando até os ossos. A boca tava costurada, mas se mexia, rasgando os pontos a cada palavra, jorrando um líquido preto que cheirava a morte. Luana gritou e tentou correr, mas a porta do quarto bateu sozinha. “Não vai a lugar nenhum”, disse Clara, e o celular da Luana começou a gravar sozinho. O vídeo, que depois vazou na deep web, mostrava Luana sendo arrastada pro teto por mãos invisíveis. A pele dela começou a se rasgar, como se alguém tava desenhando uma teia com uma faca. Ela gritava, implorava, mas cada grito fazia o ar vibrar, como se o quarto estivesse rindo com ela.
Ta rezando errado
O pior? O vídeo captou Clara sussurrando: “Mostre pros outros.” O corpo de Luana caiu no chão, sem olhos, com a língua arrancada e enfiada no próprio cu. Thiago, o nerd, tentou rezar em latim, mas Clara riu mais alto. “Tá rezando errado, idiota.” Ela estalou os dedos, e o cara começou a vomitar. Não era vômito normal, não. Era uma merda preta, cheia de vermes que pareciam ter dentes. Thiago tava de joelhos, vomitando aqueles vermes com dentes como se fosse o protagonista de um filme pornô demoníaco mal produzido. Os bichos tavam rasgando a garganta dele, e o cara gemia e engasgava, com sangue e uma porra preta escorrendo pelo queixo. A Carol, que tava ali querendo dar pro João, tava gritando tanto que parecia que o cu dela ia explodir de medo. O João, macho escroto que se achava o dono do caralho, pegou uma tábua quebrada do chão e tentou acertar o vulto da Clara, gritando: “Toma essa, sua vadia do capeta!”
“Você… não pede desculpas?”
Mano, essa foi a pior ideia desde que alguém pensou em misturar cachaça com energético. A Clara nem se mexeu. A tábua passou direto por ela, como se ela fosse feita de fumaça, e caiu no chão com um som molhado, tipo carne esmagada. Ela virou a cabeça, num ângulo que não é anatomicamente possível, e os pontos na boca rasgaram mais, deixando pingar um líquido preto que parecia queimar o assoalho. “Você… não pede desculpas?”, ela sussurrou, com uma voz que era ao mesmo tempo uma criança cantando e um animal rosnando. O João, com aquele ego de bosta, respondeu: “Desculpa é o caralho! Vou te mandar de volta pro inferno!” Aí, meu amigo, a coisa ficou feia pra caralho. O chão do quarto começou a pulsar, como se tivesse um coração batendo debaixo das tábuas. As paredes começaram a suar uma merda viscosa, tipo melaço misturado com sangue, e o cheiro… porra, o cheiro era tão fudido que fazia teu estômago virar do avesso.
“Que porra é essa?!”
Clara esticou um braço, que parecia crescer, ficando comprido e torto como galho seco, e apontou pro João. De repente, o cara sentiu o peito apertar. Ele caiu no chão, agarrando a camiseta, gritando: “Que porra é essa?!” Então, ele viu. A pele do peito dele começou a se abrir, sem corte, sem nada, como se fosse um zíper invisível. E dentro… meu Deus do céu, dentro não tinha costela, nem coração, nem nada. Tinha só um buraco preto, e de lá saíam mãos. Mãos pequenas, de criança, mas com unhas compridas e pretas, como facas. Elas tavam rasgando ele de dentro pra fora, puxando pedaços de carne, arrancando pedaços do fígado, do pulmão, como se tavam montando um churrasco macabro. A Carol, que já tava praticamente catatônica, tentou abrir a porta, batendo com os punhos até os nós dos dedos sangrarem.
“Quer sair? Pede.”
Mas a porta não cedia. E a Clara? A porra da Clara tava flutuando agora, com os cabelos sujos se mexendo como se tivessem vida própria, tipo cobras pretas. Ela virou pra Carol e disse, com aquela voz que te faz querer enfiar a cabeça num triturador: “Quer sair? Pede.” Carol, tremendo mais que vara verde, gaguejou: “P-p-por favor, me deixa sair!” A Clara riu, um som que parecia uma faca arranhando osso. “Não é o suficiente.” De repente, o corpo da Carol começou a se contorcer. Ela gritava, mas o som ficava abafado, como se algo tivesse tapando a boca dela por dentro. Os olhos dela viraram pra trás, e da boca começou a sair… cabelo. Não era cabelo normal, era cabelo preto, grosso, que parecia vivo, enrolando na língua dela, descendo pela garganta. Ela caiu no chão, se debatendo, enquanto o cabelo saía mais e mais, enchendo o quarto, como se fosse uma planta carnívora devorando ela viva.
Ela não mata, ela prende
O Thiago, que ainda tava vivo, mas parecendo mais um trapo ensanguentado, tentou rastejar pra longe, mas os vermes já tavam comendo os braços dele, deixando só osso e pele pendurada. No fim, o quarto ficou em silêncio. Só se ouvia o som úmido do líquido preto pingando no chão. Os corpos dos quatro tavam espalhados, mas não tavam mortos… não completamente. A lenda diz que a Clara não mata. Ela prende. Cada um que entra no quarto escuro vira parte dele. O João, a Carol, o Thiago e a Luana tão lá até hoje, dizem. Presos nas paredes, com os olhos abertos, piscando, implorando em silêncio. E a Clara? Ela tá esperando. Se tu entrar no quarto, ela vai te olhar com aqueles buracos no rosto e te perguntar: “Quer viver? Pede.” E, mano, não importa o que tu diga, ela vai te foder de um jeito que nem o capeta sonharia. Tipo, já imaginou ter teu pau arrancado e costurado no lugar dos olhos? Ou tua língua sendo esticada até virar um fio que ela usa pra costurar outros corpos? É isso que a Menina do Quarto Escuro faz. E aí, seu puto, quer o endereço desse casarão pra dar um rolê, ou tá com medo de virar parte da decoração dela?